Com estruturas de sobrevivência capazes de persistir no solo por mais de uma década e uma gama de hospedeiros que abrange culturas de grande importância econômica, o mofo-branco é uma doença de difícil controle que ameaça a produtividade e a sustentabilidade dos sistemas agrícolas brasileiros. 

A busca por soluções que harmonizem eficácia e responsabilidade ambiental torna-se, portanto, um imperativo para o agronegócio. Nesse contexto, os biofungicidas emergem como peças-chave no manejo integrado, oferecendo benefícios e uma grande eficácia para o controle do agente causal dessa doença, o fungo Sclerotinia sclerotiorum.

Nesse texto, entenda mais sobre o mofo-branco, seus sintomas e danos na agricultura, assim como as principais estratégias utilizadas para o seu controle. Leia a seguir!

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Mofo-branco: entenda a doença que ameaça a soja, o algodão e o feijão

O mofo-branco, também conhecido como podridão-branca ou podridão-de-Sclerotinia, é uma doença de grande importância na agricultura brasileira, incluindo cultivos-chave, como a soja, o algodão e o feijão.

Além da sobrevivência prolongada no solo, o fungo causador do mofo-branco, apresenta uma grande capacidade de se disseminar nas lavouras. Essa dinâmica explica por que o mofo-branco avança rapidamente no campo, onde o clima úmido e o cultivo intensivo criam um cenário propício para surtos da doença.

Para enfrentar esse patógeno, é fundamental compreender seu ciclo biológico, os danos causados e as formas de identificação precoce.

O que causa o mofo-branco?

O mofo-branco é causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, um patógeno polífago que se prolifera em ambientes com umidade relativa do ar acima de 75% e temperaturas entre 13 °C e 22 °C. Sua reprodução ocorre por meio de escleródios – estruturas negras e rígidas formadas por camadas de melanina –, que germinam quando encontram condições ideias.

 Esses escleródios germinam de duas formas:

  • a miceliogênica, produzindo hifas que infectam diretamente as raízes;
  • a carpogênica, formando apotécios que liberam ascósporos no ar.

Quando os ascósporos – estruturas de reprodução do fungo – se depositam em tecidos senescentes das plantas é iniciado o processo de infecção. O fungo secreta enzimas pectinolíticas e ácido oxálico, que degradam a parede celular vegetal e suprimem as defesas da planta, facilitando a colonização dos tecidos. Esse processo é acelerado em cultivos adensados, em que a alta densidade foliar cria microclimas úmidos, ideais para a propagação do patógeno.

A persistência do mofo-branco está diretamente ligada à capacidade dos escleródios de permanecerem viáveis no solo por anos. Estudos demonstram que, em profundidades de até 10 cm, essas estruturas mantêm sua patogenicidade, mesmo após sucessivas safras. Essa característica, somada à falta de rotação com culturas não hospedeiras, explica por que a doença se torna endêmica em áreas infestadas.

Quais culturas o mofo-branco ataca?

O Sclerotinia sclerotiorum tem uma ampla gama de hospedeiros, infectando mais de 400 espécies de plantas, incluindo culturas de alto valor econômico, como a soja, o algodão e o feijão.

Além dessas culturas, o mofo-branco afeta cultivos de tomate, batata, girassol e até hortaliças, como o repolho. Plantas daninhas, como serralha e picão, também servem como hospedeiras alternativas, funcionando como reservatórios de inóculo entre safras.

Folha de repolho murchas, com lesões pulvurulentas esbranquiçadas e amareladas, característicos da doença mofo-branco

O que o mofo-branco causa na soja, no algodão e no feijão?

Na soja, o mofo-branco provoca lesões aquosas nas hastes e vagens, seguidas pelo surgimento de micélio branco e escleródios negros. Esses sintomas causam murchamento prematuro das plantas, redução no número de grãos por vagem e perdas que podem ultrapassar 60% da produtividade

No algodão, a doença provoca a podridão nas hastes e maçãs, reduzindo a qualidade da fibra e a produção de caroços e, no feijão, o mofo-branco causa grãos chochos e descoloridos, além do apodrecimento das vagens. 

Como identificar os sintomas do mofo-branco na lavoura?

Os primeiros sinais do mofo-branco são lesões encharcadas e murchamento das folhas inferiores, seguidos pelo aparecimento de micélio branco e cotonoso nas hastes e vagens. No algodão, as maçãs infectadas apresentam coloração marrom e textura mole.

Em estágios avançados, o micélio se condensa em escleródios negros, visíveis tanto na superfície quanto no interior dos tecidos infectados. Nas flores, é comum observar pétalas aderidas às estruturas vegetativas, servindo como porta de entrada para os ascósporos.

Em culturas como a soja, os sintomas são mais evidentes durante o florescimento (estádio R2) e o início da formação de vagens (R3/R4). Para confirmar a presença do patógeno, recomenda-se a coleta de amostras de tecido infectado e análise laboratorial. A identificação precoce é crucial para evitar a disseminação do fungo.

Prevenção e manejo integrado da podridão de Sclerotinia

Com escleródios capazes de sobreviver no solo por anos e ascósporos que se espalham rapidamente, o controle do mofo-branco exige mais do que soluções isoladas. É aqui que o Manejo Integrado de Doenças (MID) se torna essencial, combinando práticas culturais, químicas e biológicas visando reduzir as fontes de inóculo e proteger as plantas no momento crítico.

A rotação com culturas não hospedeiras é uma das estratégias-chave para quebrar o ciclo do patógeno. Além disso, o plantio direto cria uma barreira física contra a formação de apotécios, reduzindo a liberação de ascósporos.

Outro pilar é o uso de sementes certificadas e tratadas, aliado à limpeza rigorosa de máquinas para evitar a dispersão de escleródios. No entanto, mesmo com essas medidas, a integração de biofungicidas e fungicidas químicos é indispensável para fechar o ciclo de proteção.

Integração de biofungicidas e fungicidas químicos: benefícios comprovados para controle do mofo-branco

A combinação de biofungicidas e fungicidas químicos surge como uma estratégia inteligente para enfrentar o Sclerotinia sclerotiorum. Essa sinergia amplia o espectro de ação e reduz a pressão seletiva sobre os patógenos, retardando o surgimento de resistência, bem como minimiza os impactos ambientais. 

Além disso, a integração dessas soluções é particularmente eficaz no controle do mofo-branco devido à capacidade dos biofungicidas de colonizar nichos ecológicos inacessíveis aos químicos, através da produção de metabólitos antifúngicos, parasitismo, formação de biofilmes, dentre outros mecanismos que complementam a ação específica dos químicos, criando uma barreira física e bioquímica contra o patógeno.

Outro benefício que é possível obter com a adoção dessa estratégia é a saúde do solo, um fator crítico no controle do mofo-branco. Biofungicidas podem estimular microrganismos antagonistas, como Penicillium spp. e Aspergillus spp., que degradam escleródios no solo

No mercado, já é possível encontrar biofungicidas compatíveis com os principais defensivos, como REVERB®, da Syngenta. Essa flexibilidade operacional é essencial para produtores que buscam simplificar o manejo sem comprometer a proteção. 

A Syngenta, líder em inovação agrícola, oferece REVERB®, um biofungicida formulado com tecnologia de ponta para integrar-se perfeitamente aos programas de manejo integrado. Com alta eficiência e amplo espectro, REVERB® combate o mofo-branco por meio de múltiplos modos de ação — incluindo antibiose, competição e indução de resistência —, além de oferecer maior tempo de prateleira. Como parceiro biológico estratégico, REVERB®  entrega proteção máxima e resultados certos, fortalecendo a lavoura desde o solo até as folhas.

REVERB: inovação biológica no combate ao mofo-branco

reverb

REVERB® surge como uma revolução no controle do mofo-branco (S. sclerotiorum). Formulado com uma combinação exclusiva e de 100% de endósporos viáveis de Bacillus subtilis, Bacillus pumilus e Bacillus velezensis, esse biofungicida para controle de mofo-branco une tecnologia avançada e múltiplos mecanismos de ação para oferecer proteção imediata e prolongada. 

Diferentemente de outros biológicos mais tradicionais do mercado, REVERB®  já inicia sua ação no momento da aplicação, com metabólitos antifúngicos que neutralizam os patógenos antes mesmo que eles colonizem as plantas.  Além disso, os agentes biológicos presentes em REVERB® são capazes de colonizar rapidamente folhas e hastes, criando uma barreira contra a infecção do mofo-branco e outras doenças, como a antracnose, a septoriose, a mancha-alvo, o oídio e a cercosporiose

proteção com reverb

  • antibiose: produção de substâncias, como iturina e surfactina, que evitam a germinação dos esporos e interrompem o crescimento de patógenos;
  • competição por espaço e nutrientes, reduzindo o acesso do fungo S. sclerotiorum a recursos necessários para sua sobrevivência;
  • indução de resistência: estímulo à síntese de auxinas, ácido jasmônico e salicílico, que preparam a planta para responder a futuros ataques.

Para produtores que buscam soluções biológicas para proteção contra mofo-branco, REVERB® representa não apenas uma ferramenta de controle, mas um parceiro estratégico

Como REVERB® protege múltiplas culturas?

O biofungicida REVERB® adapta-se a essas demandas graças a sua ação flexível e amplo espectro de ação em diversas culturas. Na soja, no algodão e no feijão, como também em outras culturas, REVERB® atua de forma preventiva, apresentando melhores resultados quando aplicado ainda no estádio vegetativo da lavoura. A Syngenta recomenda que sejam feitas 8 aplicações com intervalos de 14 dias para o controle dessa doença, a uma dosagem que varia de 0,4 L a 0,8 L por hectare.

REVERB® é a resposta da Syngenta para um manejo integrado, sustentável e eficiente. Com alta eficiência, amplo espectro e múltiplos modos de ação, esse biofungicida para controle de mofo-branco oferece proteção máxima para soja, algodão, feijão e outras culturas.

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.

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